R$
2 milhões. Este é o valor que a prefeitura de Alagoinhas precisa para
realizar o Alafolia 2015 - evento que já acontece há mais de 30 anos e
que reúne grandes
atrações no mês de abril. Este ano, previsto para acontecer dos dias 9 a
12, "a tendência é que não ocorra. Mas, só o prefeito pode bater o
martelo", afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente, Raniere Miranda.
Em entrevista exclusiva concedida ao site Bocão News, na manhã desta sexta-feira (16), o secretário listou os problemas que podem acarretar no cancelamento do evento.
Conforme o gestor, o município depende dos royalties do petróleo e a
secretaria da Fazenda informou que o preço atual do barril já terá um
grande impacto
na contribuição para a queda da receita. Entretanto, este não é o fator
determinante. Ainda conforme Miranda, o circuito atual, que existe há
mais de 20 anos,
foi motivo de ação junto ao Ministério Público. "Os lojistas moveram
uma ação no MP alegando que a festa neste local atrapalha as vendas,
além de levar transtornos
para os comerciantes. Com isso, procuramos uma nova solução",
salientou, informando que foi pensado um novo circuito "do qual
recebemos o orçamento da Coelba, já que este local precisa de ajustes estruturais e cabiamentos , cujo valor ficou em torno de R$ 800 mil".
A
proposta dos órgãos envolvidos é que a micareta seja realizada entre a
Juracy Magalhães (Posto Ipiranga), sentido Avenida Joseph Wagner (até a
2ª rotatória). Dentre
os motivos apresentados pelos organizadores para a mudança estão: o
aumento no número de foliões, reduzindo assim o espaço no atual
circuito, a acessibilidade,
a abertura normal do comércio nos dias da festa, mas, principalmente,
porque no próximo ano o Centro da cidade estará em obras devido ao
projeto e empréstimo da CAF.
Segundo
o secretário, a receita da cidade aprovada pela Câmara para a
realização do Alafolia 2015 foi de R$ 500 mil. "Mandamos uma proposta de
R$ 1 milhão para a Câmara, mas os vereadores entenderam que há coisas mais importantes para a cidade que precisam deste investimento", ressaltou.
Com
relação aos patrocínios, o valor a ser bancado é de R$ 500 mil. "Na
segunda (19) iremos nos reunir com todos os secretários, prefeitos,
empresários e envolvidos na festa para chegarmos a uma solução. Pode haver uma festa indoor caso não seja possível fazer o Alafolia como, de fato,
ele é", afirmou o secretário, revelando que ele mesmo possui um bloco, o
Vem que Eu Fico, há mais de 20 anos, e que os donos de blocos estão
empenhados para manter o evento. "Vamos pensar com muito carinho", revelou.
O
Alafolia só deixou de acontecer em 2006 em três décadas de realização.
As atrações deste ano ainda não foram fechadas. Caso a conta não feche, a
tradicional festa da cidade pode ficar para o calendário do ano que vem, ou não.
Por Caroline Gois (Twitter: @goiscarol)
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