Foto: Lucio Távora / Ag. Tempo / Flickr CUT
A presidente Dilma Rousseff surpreendeu ao discursar para uma multidão em uma tenda do Fórum Social Mundial em Ondina, na manhã desta quinta-feira (15).
Durante a tarde, a presidente participará de um ato com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no estádio de Pituaçu.
Para o público, ela lamentou o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), na noite desta quarta (14), ao qual se referiu como "execução brutal".
"O Brasil sempre que tem golpe, e nós sabemos disso, não há golpe sem barbárie e violência.
O que aconteceu com a Marielle foi uma execução brutal.
Isso contrata uma mulher negra, defensora dos direitos humanos. Uma mulher que sabia que sem as mulheres e os negros, os direitos não são humanos", disse. Segundo Dilma, o assassinato é parte do golpe que desencadearam no Brasil em 2016, ano em que foi alvo de impeachment.
Dilma falou também sobre a ascensão da extrema-direita no Brasil, representada pelo deputado Jair Bolsonaro.
"Quem defende a tortura está defendendo um crime inafiançável.
E não tem nenhuma comissão de Ética contra ele", criticou Dilma, que lembrou da infinidade de violência, assassinatos, sumiço de corpos e barbaridades associados à extrema-direita. Dilma aproveitou o espaço para afirmar que a reforma da Previdência, parada na Câmara, é para privatizar os maiores recursos financeiros, que são dos trabalhadores, e implantar o neoliberalismo no país.
"Esse processo não para enquanto ele não tiver o Brasil sem bancos públicos, empresas públicas, sem entregar todas as nossas terras férteis.
Teremos de lutar para que isso não se complete. Porque isso começou", acrescentou.
por Bruno Luiz / Estela Marques
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